sábado, 23 de outubro de 2010

Não chame o meu amor de Idolatria 
Nem de Ídolo realce a quem eu amo, 
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo
W. Sheakspeare

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fico pensando porque ainda não escrevi um livro sobre a contribuição de Maria Bethânia no cenário artístico. É uma artista impactante, inesquecível e apaixonante. É uma aula de profissionalismo e adoração pelo ofício escolhido, cada um de seus espetáculos. Sim, porque cada show é um espetáculo. Maria Bethânia revolucionou a maneira de cantar, de encenar, misturou as artes. Artes cênicas, musical, literária e plásticas se misturam numa sincronia perfeita. Cada palavra é dita de uma forma única. Seus fartos cabelos, sua figura de beleza não óbvia, como já foi dito por tantos, várias vezes, suas escolhas pro palco... Suas roupas, sua força dramática, sua forma absolutamente própria de resgatar pérolas esquecidas no fundo do mar musical e sua capacidade de descobrir novas pérolas.
Mas eu queria mesmo era falar da influência no palco... suas maquiagens exageradas em seus primeiros anos de carreira. Os textos intercalando cada canção de forma precisa e mágica. A visão do todo que ela tem. A transformação da mulher pequena em uma gigantesca forma de vida, quase uma entidade em seu solo sagrado.
Extremamente fiel as suas convicções, não segue modismos, vai sempre na contramão e essa via se torna mão única, porque ninguém consegue imitá-la. Ela encheu de cultura no mínimo 4 gerações, eu sou um pouco disso.   
A força que ela coloca em cada canção de amor, de protesto, de diversão. Todas as canções viram canções dela. Uma Maria nem tanto mais escandalosa, mas que hipnotiza a todos com sua arte genuína. Raridade. Tem um público fidelissimo que jamais deixa de acompanha-la onde quer que seja. Maria Bethânia segue encantando a nós, meros pescadores com seu canto de sereia. Quem nunca viu Bethânia num palco, não sabe exatamente o que é arte. Bethânia usa suas canções de amor como manifesto de desagrado contra todo esse sistema mentiroso e nojento que temos, tanto aqui quanto lá fora. Bethânia transforma uma simples canção em arma. arma que te faz pensar, que te faz chorar, sorrir, que te faz lutar, que te faz viver. Sua voz foi e é sua arma contra tudo de errado que há nesse nosso cenário politico-social. Ainda terei o prazer de ver um livro sobre isso. mesmo que eu não seja a autora, mas que alguém mostre tudo o que essa mulher fez de inovador na arte. pé no chão, voz rouca, sempre no contratempo da canção... sua carga emocional resgatando a nossa nacionalidade, as nossas raízes. 

Daddy

terça-feira, 12 de outubro de 2010


Daddy

Dia triste... não é à toa que me sinto nublada. Não pelo tempo que entoa a chuva que chora, mas pelos anos que em vão tento apagar da lembrança essa data divina que me mudou a essência. me mostrou a vida e me fez tão mais sombria. Triste dia...
LMPS