quinta-feira, 23 de julho de 2009

Oito horas da noite...

São oito horas da noite. Vejo no céu meio nublado, um punhado de estrelas um tanto apagadas. Talvez pela fumaça contínua dos cigarros e canos do mundo. Ouço trazidas pelo vento vozes desentoadas de pagodeiros sem cerveja, praia, feijoada ou desprovidos daquele churrasco de Sábado à tarde num subúrbio qualquer da cidade maravilhosa. É estranho, mas ao mesmo tempo encantador. Estou aqui, deitada num canto improvisado em cama, de favor em terras de meus gatos. Felinos amigos. Companheiros queridos. Nesse momento o que me resta são essas palavras. São essas sensações. O telefone toca. Um frio na barriga me veio de repente. Que será que aconteceu? Não, não foi nada. Apenas minha irmã querendo instintivamente destruir minha solitária depressão. De repente me deu uma irresistível vontade de não mais me deprimir. De sair. De estar lá com ela. Na minha casa. No meu mundo. Com minha família. Preciso de pessoas e de coisas queridas por perto. Me sinto só na verdade. Me sinto muito só.
LMPS

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